LUTO: Faleceu nessa quinta (23) Irmã Maria Cecília

 

A comunidade monástica das Carmelitas Descalças informa o falecimento da Irmã Maria Cecília do Santíssimo Sacramento, aos 93 anos de idade, ocorrido na quarta-feira, 22, no Mosteiro de Santa Teresa, na zona Sul da capital paulista.

O sepultamento ocorreu na tarde de quinta-feira, 23, após a missa de corpo presente, com o rito de exéquias, presidida por Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, tendo entre os concelebrantes Dom Carlos Lema Garcia, também Bispo Auxiliar da Arquidiocese.

DO JAPÃO AO BRASIL, DA MEDICINA À VIDA CONSAGRADA

Nascida no Japão, em 1930, em família xintoísta, ela chegou ao Brasil com 1 ano de idade, quando os pais migraram em busca de melhores oportunidades de vida. Desembarcaram no estado de São Paulo, indo trabalhar nos cafezais do interior. Somente em 1938, passaram a viver na capital paulista.

Irmã Cecília sempre fez menção ao seu lar como uma família harmoniosa e feliz, com pessoas levando uma vida laboriosa e honesta.

Aos 12 anos, no Colégio dos Jesuítas, ela começou a estudar a língua japonesa, e conheceu o Padre Guido del Toro, pelas mãos do qual recebeu o sacramento do Batismo.

Em 1952, ingressou na Faculdade de Medicina da USP. Anos depois, recebeu uma bolsa para estagiar em Clínica Pediátrica no Hospital das Clínicas, em vistas a trabalhar no Grupo de Cardiopatas Congênitas que atendia crianças. Foi uma das pioneiras no Brasil em procedimentos de cateterismo.

Sob a orientação do Padre José Carlos Macedo, sacramentino, intensificou sua vida de oração e piedade, com grande generosidade no servir a Deus e no amor a Nossa Senhora.

Certo dia, perante um paciente muito enfermo, teve a iluminação decisiva sobre sua missão de cuidar da salvação eterna da alma, muito além da salvação do corpo.

Em 1963, ingressou no Mosteiro de Santa Teresa, na zona Sul da cidade. Desde então, conforme descrevem suas irmãs de congregação, distinguia-se por uma vida edificante e de grande amor à Igreja.

“Fiel ao cumprimento de sua missão e vocação, soube atrair o coração das irmãs e de inúmeras pessoas pela sua afabilidade e ternura. Distinguia-se pelo silêncio, sabedoria e exemplaridade n vivência do carisma Teresiano”, consta no texto distribuído aos que foram ao velório da Irmã na capela do Carmelo